terça-feira, 29 de março de 2011

Hora de Acordar



Não podemos continuar a serrar o galho em que estamos sentados por incapacidade de reinventar a política e de colocar a sustentabilidade (com todas as suas implicações) no centro das decisões estratégicas do País.
 [...]
Ainda é possível substituir o crescimento econômico imediatista pelo desenvolvimento sustentável. Temos inteligência, sensibilidade,  conhecimentos científicos, saberes tradicionais, tecnologias e capacidade de mobilização da sociedade. Está passando da hora de acordar para o enorme potencial dessa riqueza.
(Texto de Marina Silva, publicado na Revista Isto É, ano 35, n.2147, de 05/01/2011, p. 75)

domingo, 27 de março de 2011

Pedagogia Histórico Crítico-Social dos Conteúdos


Papel da escola: Possibilitar a apropriação de conteúdos escolares básicos, concretos e indissociáveis das realidades sociais dos alunos.
Aluno: Pessoa concreta que determina e é determinada pelo social, político e individual (sua própria história).
Professor: É um intelectual, é o educador que direciona e conduz o processo ensino-aprendizagem.
Conteúdo programático: intenciona possibilitar a superação através da apropriação.
Metodologia: Utilização de métodos que favoreçam a relação dos conteúdos com os interesses dos alunos.
Avaliação: Preocupação com a superação do senso-comum para obtenção da consciência crítica.

Relacione as características supracitadas com a máxima de Dewey abaixo:

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida"

Ponto de Mutação


Na discussão sobre o papel dos mecanismos que regem o mundo, o filme Ponto de Mutação aborda a evolução do pensamento humano, passando por Descartes e chegando aos nossos dias, onde vemos os líderes, as pessoas socialmente aceitas como condutores, pensando unicamente de forma mecanicista, aplicando a forma mais simples de conduzir: o modelo cartesiano, onde dividimos o todo em partes, para estudando e entendendo cada uma, procurar entender o todo. Este entender para os políticos seria controlar, induzir, prever.
Nesta ânsia, não poupam o custo do sacrifício da vida, da existência, aplicada a uma parcela da humanidade presa pelas quatro paredes dos modelos econômicos mecanicistas, que independente do custo social, só pensam na validação econômica de suas teorias e negociações. 
Entretanto, no paradigma da complexidade, somos todos uma parte da teia imensurável e inseparável das relações, é nossa responsabilidade perceber as possibilidades do amanhã, pois antes de tudo somos os únicos responsáveis por nossas descobertas, nossas palavras, nossas ações, e os reflexos das mesmas no universo em que estamos inseridos.
Qual a relação do filme com o novo paradigma adotado no ensino de Ciências?

sábado, 19 de março de 2011

Eu hoje - 19/03/2011



Hoje estou num dos meus dias cinzentos... a minha companheira, há dias tenta se instalar ao meu lado... e acho que conseguiu! Como dizem os poetas, dia cinza é aquele em que tudo é baço e pesado como a cinza, dia em que tudo tem a cor uniforme e nevoente, desse cinza em que eu às vezes sinto afundar o meu destino. 
Estou triste. Só em meu quarto. Num vazio. Aos meus ouvidos chega o ruído dos automóveis, o barulho cadenciado da chuva batendo no telhado (pra piorar, está chovendo!), uma música alegre ao longe (sempre tem alguém escutando forró em Manaus?!?)! Isso tudo me irrita! 
Que direito tem as pessoas de serem felizes enquanto eu morro de solidão? Que direito alguém tem de sorrir se eu estou triste? Que direito os apaixonados têm de se amarem se eu não tenho um grande amor pra viver? Que direito alguns têm de ter o brilho e a esperança no olhar quando nos meus só se vê a névoa de mágoa que eu trago sempre?! Vê?... É o dia cinzento... pesado... o dia em que eu sou infinitamente perversa e má...
Em dias cinzentos como o de hoje chego a odiar pessoas que são felizes, sabia? Odeio-os do fundo da minha alma e com todas as minhas forças! Tenho por eles o desprezo e o horror que se tem por uma serpente que dorme sossegadamente enrodilhada... tenho nojo, verdadeiro asco e horror de cobras! Entretanto... eu não sou feliz, mas nem ao menos sei dizer porquê. Não nasci num berço de rendas, cresci acompanhada de torturas e dor, nunca fui rodeada de afeição. Nunca senti o carinho de um beijo materno. Conheci um pouco de felicidade ao ter meus dois filhos... mas, por ter tido uma criacão muito severa, sempre achei que não merecia ser feliz e que Deus me tiraria a única razão d'eu existir (meus filhos!). Apesar de ter tido tanta infelicidade, aproveitei pequenos momentos de prazer... e esses pequenos momentos, foram os mais felizes...
O pior é saber que hoje já perdi grande parte da vida... pouco falta para a velhice e a morte chegar... nessas horas, sinto a certeza de que nunca viverei um grande amor...
Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive... O meu mundo não é como o dos outros... Quero demais, exijo demais... Há em mim uma sede de infinito... Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo... Faço minhas essas palavras de Florbela Espanca (poetisa que é minha alma gêmea): Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada. Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê!
Começo a crer no Espiritismo... de que sinto tanta falta? Que vazio é esse em meu ser que nada o preenche?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sumi...


“Sumi porque só faço besteira em sua presença, 
fico mudo quando deveria verbalizar, 
digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, 
faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, 
pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar,
 meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, 
sumi porque sumir é um jogo de paciência, 
ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, 
mas sumi para estar para sempre do seu lado, 
a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência”.
(Martha Medeiros)

O Desejo de Ensinar e a Arte de Aprender



Comente o texto abaixo de Rubem Alves:
"Fiquei a imaginar o que vai acontecer com a Dinéia quando, na escola, os seus olhinhos curiosos forem subtraídos do fascínio das coisas do mundo que a cerca, e forem obrigados a seguir aquilo a que os programas obrigam. Será possível aprender sem que os olhos estejam fascinados pelo objeto misterioso que os desafia?"
A que tendência Rubem Alves critica?

História e Filosofia da Ciência no Ensino de Ciências


Se a história da ciência sem a filosofia da ciência é cega, a filosofia da ciência sem a história da ciência é vazia; e que o seu mútuo esclarecimento impõe uma particular atenção à centralidade da argumentação nas diligências quer dos historiadores da ciência quer dos filósofos da ciência. (HANSON apud CARRILHO e SÀÁGUA, 1991, p. XVII).
Para além da resolução de problemas, outro aspecto importante, é a perspectiva histórica dos acontecimentos científicos. Durante a escolaridade, os alunos devem contatar com muitas ideias científicas apresentadas no respectivo contexto histórico. Não importa tanto o episódio particular selecionado pelos professores (devendo este, no entanto, estar integrado nos conteúdos programáticos) como o fato da seleção representar o alcance e a diversidade do empreendimento científico. A partir da citação, responda: qual a importância da história e filosofia da ciência no ensino de ciências? 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Amiga



Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor,
A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa, a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei prà minha boca!...


(Florbela Espanca)

domingo, 13 de março de 2011

Contentamento



Este ar tranqüilo que me envolve,
A mansidão que me penetra,
Na noite fluida, transparente,
É tudo que eu desejava.
Que mais me falta, Deus louvado?

A lua vem, entre as ramagens
Do jardim que dorme na sombra,
Fazer-me suave companhia.

Esta doçura esparsa em tudo
(Que noite para amar a vida!)
Bem sei porque me põe num êxtase
É a esmola anônima do céu
Para a minha alma de homem grata.

Meu Senhor, minha boca é pobre
Para dizer toda a verdade,
Tudo que sobe do meu peito.

Meu Senhor, à minha família
Dá sempre saúde e paciência;
Aos meus amigos dá fortuna;
E ao mais indigno dos teus filhos
Este humilde contentamento.


(Ribeiro Couto)

sábado, 5 de março de 2011

Os Objetivos no Processo Ensino-Aprendizagem



"Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objetivo, cada passo deve ser ele próprio um objetivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante." (Goethe)


"O esforço dirigido a um objetivo tem sempre por prêmio, com a consecução daquilo a que se aspira, a satisfação que o triunfo proporciona." 
(Thomas Wittlam Atkinson)



Reflita sobra as frases acima. Que relação pode ser feita com os objetivos do processo ensino-aprendizagem?

sexta-feira, 4 de março de 2011

POR QUE ENSINAR CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL?

Num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, estar formado para a vida significa mais do que reproduzir dados, determinar classificações ou identificar símbolos. Significa: saber se informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir; enfrentar problemas de diferentes naturezas; participar socialmente, de forma prática e solidária; ser capaz de elaborar críticas ou propostas; e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado. (BRASIL, 2001, p.9). Comente: Por que ensinar Ciências no Ensino Fundamental?